terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Na vida nada é possível
Quando não encontramos a paz.
Mas posso dar-lhes garantia
De que anda ali, lá ou acolá.
Caminha perto da esperança,
De mãos dadas com o Amor.
Senta no sofá da sala
E até no corredor.
Passamos sem olhar para ela
E nem percebemos onde está.
Porém se olharmos um pouco,
Sem mesmo precisar procurar,
Saberemos facilmente
Que é bem dentro da gente
Que ela faz o seu lar.
(Ana Lucia – 17/02/2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


Enamorada da Criação

Mar,
esse moço forte!
Inebriante e intenso...
Lava a areia fina
Numa dança sensual de ondas espumantes!
Mar, doce mar, acolhedor de pescadores.
Envolvente com seu canto,
Vezes suave, quando nas conchas deixadas propositalmente nas rochas.
Ou forte em ondas gigantescas que seduzem gaivotas enamoradas da imensidão
Mar, protetor da esperança dos que dele vivem...
Mar de cores...
Num pôr de sol da paixão avermelhada
Ou num prateado lunar que se banha em ondas de seu sal.
Mar cúmplice do amor entre a despedida do sol e a chegada da lua...
Mar dos mistérios negros da noite
E dos pés descalços ao amanhecer...
Grande criação divina...
Intenso e perfeito
Intrigante e emocionante
Independente e acolhedor!
Continuação do infinito onde deposito meu mais perdido olhar!
Ana Lucia (02/02/2009)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Êxtase da Criação


Tenho sede e fome da criação,
das rimas que dançam soltas no pensamento
como relâmpagos poéticos.
Espremo o sumo de minha alma sonhadora
que se espalha em palavras rubras de paixão.
Coração e intuição se entrelaçam,
se fundem,
se confundem.
Riscos, rabiscos, metáforas nascem do amor louco entre o papel e as palavras.
E, a vontade estende as mãos ao poeta,
que ofegante de idéias entrega-se.
E a explosão se faz num êxtase pleno de emoções!!
(Ana Lucia – 30/01/2009)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Devaneios tortos


Encontro-me nas curvas da saudade, num devaneio feito de sombras e acasos.Espero-me entediada de dramas e dores que eu mesma crio.
Tento destruir meu medo, mas não desato os nós de meus próprios segredos.Esbarro-me na solidão de um mundo ameaçado de saudades eternas.Entrego-me ao nada, enquanto conformo-me com tudo.
Quero ser descrente de um amor latente que pende-se ao abismo das ilusões coloridas,dos sons que gemem de medo do nada mais, ou do talvez.
Curvo-me diante de um espelho sem brilho e farejo migalhas de paixão...
Quem é a mulher que sorri no reflexo das próprias mágoas?
Enveredo-me por caminhos escuros e mesmo assim procuro a paz.
Tateio o rosto do acaso, enquanto aguardo o tilintar das taças transbordantes de um mel azedo e gasto.
Situo-me e perco-me! Desgasto-me e tremo!Carrego nas pálpebras o peso do descaso que teima em permanecer num sono inerte se sonhos...
Embebedo-me de planos e espero que o céu adormeça de estrelas cadentes.
Sirvo-me do veneno doce que engana a alma sofrida e aquece o coração que abandonou-se dos desejos.
Devaneios tortos...
Acordo-me e ainda assim fecho os olhos enquanto espero mais um amanhã de mil esquinas e infindáveis curvas, intermináveis e incompletas!(AnaLucia- 29/01/2009)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Um dia, escolhi um vaso, daqueles que escolhemos imaginando quão belo ficaria aquele cantinho onde ele seria depositado. Arrumei um espaço especial onde pegasse luz,claridade e que de longe ou em outro cômodo eu pudesse admira-lo.Nada tinha sido esquecido, aquele era o meu primeiro contato com o nascer de flores , com plantar,ver germinar , crescer. Que bela sensação...
Dizem que só nos realizamos de fato quando plantamos uma árvore,escrevemos um livro e temos um filho. Ah, duvido disso, nos realizamos quando vemos que o que pensamos está tendo forma. Que sonhamos e pudemos dar vida a um sonho...
Nossa, falo tanto e esqueci. Precisava cuidar da terra que seria o berço de minha nova companheira,a minha flor.Seria linda,vermelha,imponente,todos a admirariam e eu...que orgulho quando dissesse,fui eu que plantei e cuidei. Olhem como é linda!!
Num dia luminoso de sol , lá fui eu buscar as sementes da minha realização.
Cheguei bem pertinho de uma moça que parecia atarefada com o que fazia... Mas eu queria minhas sementes e insistia um tanto aflita e ansiosa que me desse rapidamente as sementes de minha rosa. Meu coração batia forte, parecia querer sair do peito. Aquela era sem dúvida uma emoção, seria a minha primeira flor, a minha primeira rosa. Mas, a mocinha, que lidava com flores e vasos nem imaginava como era importante tudo aquilo pra mim , sem levantar os olhos, quase que automaticamente me estendeu uma sacolinha. Nossa....era o início de meu sonho em minhas mãos,a minha rosa...a minha tão sonhada rosa...
Corri pra casa e pronto... ajoelhei-me diante do meu vaso e lá semeie todo meu encanto.Aquele foi pra mim um dia especial,em breve minha rosa estaria rompendo suas sementes e tornando meu sonho real.
O tempo foi passando e todos os dias eu estava ali regando, conversando com ela e ansiosa esperando pra olhar a beleza de suas pétalas, afinal, era ela a minha rosa, a rosa que sonhei.
Numa bela manhã pude perceber que finalmente minha rosa estaria por romper e que seria agora cuidar pra que ela ficasse linda e inundasse meu coração de festa...
Porém, algo ali estava diferente , parecia que minha rosa não era o que pensei !Tinha uma cor diferente,não era vermelha e suas pétalas não rompiam como eu a via em meus sonhos...O que será que fiz? Será que usei algo errado quando cuidava dela? Será que não tinha o direito de ter minha primeira rosa assim como sonhei?
É, parece que minha rosa era uma flor comum,uma simples flor sem nada de extraordinário.Todos sabiam que eu teria a minha primeira rosa e agora,como iria explicar a todos os meus amigos que a minha rosa era só uma flor do campo,dessas comuns e que se não fosse cuidada logo morreria?
Minha vontade foi deixá-la no canto. Para que eu teria uma flor tão comum?! Não tinha sido esse meu sonho.Tudo saiu diferente...
O tempo passou e fui olhando pra ela e achando que ela tinha encantos que não poderia jamais ver numa rosa...
Com o tempo fui amando minha flor e ela se tornou bela e transbordava simplicidade... e o melhor , era a minha flor! Era única e tão bela. Passou a morar num jardim, o meu primeiro jardim!
(Esse texto foi inspirado nas sensações de mães quando concebem filhos portadores de necessidades especiais)
Dedico a você, minha filha, minha doce flor do campo!
Ana Lucia - 26/01/2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009



Encontrando a porta aberta,
Ligeirinha e bem esperta
Sem ninguém para conter,
Entrou a linda criança
No quarto da mamãezinha
Para em tudo remexer.
Vendo em cima do criado
o Jesus crucificado,
Doi-lhe fundo o coração...
Buscando : iodo,esparadrapo,
pega um pedaço de trapo,
um pouco d'água e algodão.
Passa o algodão de mansinho,com devoção e carinho
e fica assim distraída...
Entra a mamãe de repente..
e a menina sorridente,diz olhando para a cruz:
-Veja,mamãe,como eu sei,foi sozinha que eu curei
Todo dodói de Jesus. (desconheço autoria)

Meus caminhos

Seja bem vindo ao meu cantinho...Aqui vc conhecerá uma sonhadora em potencial...acredito que sonhar cria asas e viver cada sonho cria luz no olhar!

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